NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!
Todos sabemos, muito graças ao registo fóssil, que as atuais taxas
de perda de Biodiversidade são por várias ordens de grandeza superiores às
ocorridas na maior parte da história da vida na terra, associando de imediato
tal acontecimento à ação antropogénica. Entre 12% a 52% das espécies de taxa
superiores estão neste momento ameaçadas de extinção (IUCN Red List).
Número de espécies extintas anualizadas desde 1800. Fonte: Whole-Sistems.org
A
Floresta Amazónica e do sudeste asiático, as zonas húmidas mundiais, os grandes
lagos da África oriental ou o Bangladesh. Todos zonas onde os ecossistemas
estão a mudar a ritmos vertiginosos, em grande parte devido à ocupação das suas
terras para agricultura intensiva.
Sabemos também, no entanto, que alguns ecossistemas estão a voltar
ao seu estado natural e que a taxa de conversão de alguns ecossistemas começou
a abrandar e não apenas pela ausência de mais habitats para conversão, mas sim
devido à consciencialização de muitos que se preocupam com o futuro de muitos
mais. A camada de ozono estratosférica diminuiu o seu ritmo de redução, tendo
mesmo evoluído desde à três anos a esta data e por um fenómeno ainda sem
explicação definida, alguns glaciares na zona dos andes encontram-se a aumentar
de volume. Nunca como agora comunidades, ONG´s, governos ou indústrias se
empenharam tanto em ações concretas para mitigar a perda da Biodiversidade.
Existe
portanto esperança. Todos podemos atuar. Mas como? Vejamos
apenas alguns exemplos do que poderá ser feito por nós, enquanto indivíduos,
enquanto grupos organizados ou governos:
- Regulamentar
estritamente as medidas de quarentena nas águas de balastro ou nas migrações e
transporte de indivíduos, bens e mercadoria;
- Regulamentar
a existência de ainda mais áreas protegidas, fazendo cumprir a legislação
naquelas que já o são;
- Implementar
e apoiar projetos de recuperação de espécies ameaçadas e de restauração de
ecossistemas em perigo;
- Potenciar a
conservação in situ e ex situ da
diversidade genética;
- Incorporar
a gestão da Biodiversidade nas práticas agrícolas, pesqueiras e florestais;
- Controlar
de forma próxima a caça e pesca;
- Reduzir ao
máximo a poluição do solo, água e atmosfera, já que estes representam um driver
primário e mesmo secundário de extrema importância na destruição de habitats;
- Regular a
ampliação das fronteiras agropecuárias;
- Reduzir o
aquecimento global;
- Educar e
ser educados;
- ...
E o mundo nunca mais será o mesmo.
Será muito melhor!
Há esperança.
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