sábado, 21 de abril de 2012


NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!

      Todos sabemos, muito graças ao registo fóssil, que as atuais taxas de perda de Biodiversidade são por várias ordens de grandeza superiores às ocorridas na maior parte da história da vida na terra, associando de imediato tal acontecimento à ação antropogénica. Entre 12% a 52% das espécies de taxa superiores estão neste momento ameaçadas de extinção (IUCN Red List). 

 Número de espécies extintas anualizadas desde 1800. Fonte: Whole-Sistems.org

        A Floresta Amazónica e do sudeste asiático, as zonas húmidas mundiais, os grandes lagos da África oriental ou o Bangladesh. Todos zonas onde os ecossistemas estão a mudar a ritmos vertiginosos, em grande parte devido à ocupação das suas terras para agricultura intensiva.
       Sabemos também, no entanto, que alguns ecossistemas estão a voltar ao seu estado natural e que a taxa de conversão de alguns ecossistemas começou a abrandar e não apenas pela ausência de mais habitats para conversão, mas sim devido à consciencialização de muitos que se preocupam com o futuro de muitos mais. A camada de ozono estratosférica diminuiu o seu ritmo de redução, tendo mesmo evoluído desde à três anos a esta data e por um fenómeno ainda sem explicação definida, alguns glaciares na zona dos andes encontram-se a aumentar de volume. Nunca como agora comunidades, ONG´s, governos ou indústrias se empenharam tanto em ações concretas para mitigar a perda da Biodiversidade. 
Existe portanto esperança. Todos podemos atuar. Mas como? Vejamos apenas alguns exemplos do que poderá ser feito por nós, enquanto indivíduos, enquanto grupos organizados ou governos:
-     Regulamentar estritamente as medidas de quarentena nas águas de balastro ou nas migrações e transporte de indivíduos, bens e mercadoria;
-    Regulamentar a existência de ainda mais áreas protegidas, fazendo cumprir a legislação naquelas que já o são;
-     Implementar e apoiar projetos de recuperação de espécies ameaçadas e de restauração de ecossistemas em perigo;
-       Potenciar a conservação in situ e ex situ da diversidade genética;
-  Incorporar a gestão da Biodiversidade nas práticas agrícolas, pesqueiras e florestais;
-       Controlar de forma próxima a caça e pesca;
-   Reduzir ao máximo a poluição do solo, água e atmosfera, já que estes representam um driver primário e mesmo secundário de extrema importância na destruição de habitats;
-       Regular a ampliação das fronteiras agropecuárias;
-       Reduzir o aquecimento global;
-       Educar e ser educados;
-       ...
E o mundo nunca mais será o mesmo. Será muito melhor!


Há esperança.

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